FAQs

A Nefrologia é a especialidade médica que diagnostica, trata e segue problemas que afetam o funcionamento dos rins. Destacam-se como áreas de atuação da consulta de Nefrologia: Doença Renal Crónica; Doença Renal Diabética; Hematúria (sangue na urina); Proteinúria (proteínas na urina); Litíase renal (“pedras nos rins”). Embora seja tradicionalmente ligada à Hemodiálise e ao Transplante, a Consulta de Nefrologia tem uma área abrangente de atuação.
A Nefrologia é uma especialidade médica vocacionada para o diagnóstico e tratamento de problemas de funcionamento dos rins, tais como doença renal crónica ou perda de proteínas na urina. A Urologia é uma especialidade médico-cirúrgica vocacionada para o diagnóstico e tratamento de problemas do aparelho urinário e do aparelho genital masculino, onde se incluem, entre outros, doenças da bexiga, doenças da próstata e neoplasias do rim.
Na maioria dos casos, as doenças dos rins não apresentam sintomas a não ser numa fase tardia. Daí a importância da vigilância analítica regular em pessoas com fatores de risco para doença renal, no sentido de evitar o recurso tardio à Consulta de Nefrologia. São sintomas possíveis de doença renal: edema (“inchaço”) dos membros; sangue ou espuma na urina; hipertensão arterial; sintomas inespecíficos como cansaço, falta de apetite, náuseas e vómitos.
A dor lombar é um sintoma muito frequente, mas raramente se associa a um problema no funcionamento dos rins, nomeadamente doença renal crónica. Há essencialmente dois problemas urinários que causam dor lombar. Um deles é a obstrução do aparelho urinário, por exemplo por um cálculo (“pedra”), que causa uma dor lombar intensa em cólica. O outro problema é a infeção urinária, frequentemente acompanhada de dor ao urinar (disúria).
O aumento dos valores de creatinina e ureia no sangue é indicador de insuficiência renal, significando que há acumulação de tóxicos no organismo que não estão a ser eliminados adequadamente pelos rins. A presença de proteínas na urina (proteinúria) com ou sem sangue (hematúria) é também sinal de doença renal. Outras alterações que podemos encontrar são o aumento dos valores sanguíneos de potássio e fósforo.
De uma forma simplificada, o termo “doença renal crónica” é aplicado sempre que existe uma alteração do funcionamento dos rins com meses ou anos de evolução. Atinge aproximadamente 10% da população mundial, mas estima-se que muitos casos estejam por diagnosticar, sobretudo na fase inicial em que a doença é silenciosa. Existem diversas causas. A mais frequente é a diabetes mellitus e a segunda mais frequente é a hipertensão arterial.
Em primeiro lugar, é preciso tratar a causa da doença renal! Quanto mais precoce e eficaz for o tratamento, maior é a possibilidade de preservar a função dos rins. Também é necessário tomar medidas que visem atrasar o agravamento da doença renal. Por fim, não menos importante é o tratamento das complicações que surgem em fases mais avançadas da doença.
À luz dos conhecimentos científicos atuais, a doença renal crónica não tem cura. O seu tratamento foca-se no atraso do agravamento da doença e no controlo dos problemas que surjam associados. Quando os rins atingem a falência renal, ou seja, o seu funcionamento é insuficiente para as necessidades vitais do organismo, os rins podem ser substituídos pela diálise ou pelo transplante renal de acordo com a condição clínica do doente.
Sim. Há medicamentos que têm risco demasiado elevado de acelerar a perda de função renal, por vezes de forma súbita. Adicionalmente, as doses dos medicamentos devem ser ajustadas de acordo com o grau de funcionamento dos rins. Existem também fármacos que estão contraindicados nas fases mais avançados da doença renal crónica.
A litíase renal tem muitas causas diferentes. A consulta de Nefrologia pode auxiliar no diagnóstico da causa da litíase renal e no seu tratamento médico. A consulta de Nefrologia tem também um papel importante no acompanhamento médico dos doentes que já tenham alteração do funcionamento dos rins (doença renal crónica) causada pela litíase renal.
O rim e a tensão arterial estão interligados. A hipertensão arterial pode ser um sinal de que existem problemas renais e, ao mesmo tempo, quando não controlada provoca dano nos rins. Quem tem hipertensão arterial não controlada, para além de ter risco aumentado de desenvolver doença renal crónica, tem também risco de outras consequências tais como enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral.
A evidência científica demonstra que o seguimento em consulta de Nefrologia e o tratamento da doença renal crónica contribuem para atrasar o seu agravamento para a falência renal, proporcionando ao doente mais tempo livre de diálise e maior qualidade de vida. Para além disso, o acompanhamento em Nefrologia permite ao doente uma melhor preparação para o momento em que surgir a falência dos rins.